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Percevejos de cama ou percevejo-comum pertencem à ordem Hemiptera e estão incluídos na família Cimicidae. Cimex lectularius é a espécie mais comum em ambiente urbano. São insetos não alados parasitas externos, hemátofogos, ou seja, se alimentam de sangue. Esta espécie tem corpo achatado, são muito pequenos variando de 4-6 mm, sua coloração é marrom-avermelhada. Em seus diferentes estágios de vida sua coloração pode variar entre branca (quase translúcida), marrom-claro a marrom-escuro.
Tem hábito noturno saindo para se alimentar e se reproduzir no período da noite. Não são sociais com abelhas, formigas e cupins, mas são gregários, vivem sempre juntos de outros percevejos.
Seu ciclo biológico é formado pelas fases de ovo, ninfa e adulto, sofrendo desta forma metamorfose incompleta. Para que ocorra a ovoposição é necessário que a fêmea se alimente. Quando o percevejo entra em contato com a pele do hospedeiro, ele injeta seu aparelho bucal que contém dois tubos, um destes tubos ele sulga o sangue e com outro ele injeta saliva com anticoagulante e analgésico. Desta forma o hospedeiro não sente a picada na hora, mas depois surge uma reação alérgica ficando o local lesado muito avermelhado.
Esses insetos encontra-se em frestas, brechas de azulejos, paredes e pisos, além de roupas, colchões e camas. Ovos, ninfas ou adultos podem ser facilmente carreados de forma ativa ou passiva, em malas, em roupas, caixas, móveis, etc., de um lugar para o outro, principalmente da zona rural para a urbana e periurbana. Infestações podem ocorrer comumente em residências, hotéis, pousadas, escolas, navios de cruzeiros, trens, aviões, etc.
É muito difícil a sua total eliminação, podem ficar sem se alimentar durante meses (até um ano). Vários trabalhos testam a capacidade de resistência destes insetos, que podem detectar e evitar os inseticidas. Fatores como o seu tamanho diminuto também colaboram para dificultar o seu total extermínio.
A picada destes insetos podem causar desde simples vermelhidão e inchaço local até dermatites com secreções. Essas lesões geralmente vem acompanhadas de irritação na pele, coceira e problemas relacionados ao distúrbio do sono tais como insônia.
Como medidas preventivas e corretivas temos: manter a higiene de locais como hospitais, hotéis, pousadas e residências, verificando sempre os colchões e roupas de cama. Expor ao sol é uma boa maneira de desabrigar os percevejos, pois eles não gostam de calor e luminosidade. Manter os pisos, paredes e assoalhos livre de fendas e frestas, vendando-os. Segundo o site do INEA ações de controle de pragas urbanas devem ser baseadas em educação ambiental de forma permanente, de forma a levar a população à um estado de consciência e higiene que evitem com que as pessoas mantenham as condições ideais para a proliferação do percevejo de cama. Além de medidas de conscientização ambiental em casos de infestação deve ser realizada retirada mecânica dos vetores, por aspiração e com a utilização de vapor, posteriormente tratamento químico com aplicação de inseticida líquido de efeito residual.
Literatura consultada
INEA. 2019. Disponível em: http://www.inea.rj.gov.br/Portal/Agendas/LicenciamentoAmbiental/Licenciamento-saiba-mais/Controledevetoresepragas/index.htm&lang=PT-BR. Acesso em: 22 jan. 2019.
SÃO PAULO. Secretaria de Meio Ambiente. 2013. Fauna Urbana vol 1. Cadernos de educação ambiental 17. Disponível em: http://arquivo.ambiente.sp.gov.br/cea/2013/11/caderno-educacao-ambiental-17-vol-1.pdf. Acesso em: 22. jan. 2019.
TACCONI, B. M. 2017. A incidência de percevejos de leito nos principais hoteis da zona sul do Rio de Janeiro/RJ-Brasil de 2014 a 2016. Disponível em: file:///C:/Users/Marcelle/Downloads/1420-3792-1-PB.pdf. Acesso em: 25 jan. 2019.