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Os escorpiões são artrópodes que estão incluídos na classe Arachnida (mesma classe das Aranhas). Existem 1.500 espécies, distribuídas em nove famílias no mundo, das quais quatro estão representadas no Brasil. Dentre as espécies que causam acidentes mortais temos 25 no mundo, ocorrendo três destas no Brasil. Merece destaque a família Buthidae em que ocorrem as espécies Tityus stigmurus, Tityus serrulatus e Tityus bahiensis, consideradas perigosas ao homem; sendo os invertebrados que somam o maior número de casos de acidentes em humanos. Um escorpião não muito tóxico comum em residências são as espécies do gênero Bothriurus.
Os escorpiões do gênero Bothriurus possuem coloração marrom a preto, não possuindo a coloração amarela característica das espécies com veneno tóxico ao ser humano, causando acidentes leves, com sinais de dor e amortecimento leve no local afetado. Espécies deste gênero são inofensivas não oferecendo perigo de morte.
Tityus stigmurus é uma espécie de ocorrência no nordeste do Brasil. Possui coloração amarelada, que serve como uma camuflagem para viver em ambientes de solo arenoso nas regiões áridas que habita. Tem em média 7 cm de comprimento, sendo caracterizado por um triangulo de cor negra na cabeça, acompanhado de uma faixa longitudinal escura ao longo do corpo e manchas laterais. Tem hábito noturno e se alimenta comumente de aranhas e outros escorpiões. Sua picada é dolorida, necessitando de cuidados médicos, em especial quando a picada ocorre em pessoas com o estado de saúde precário, como baixa imunidade, idosos e crianças também.
Tityus serrulatus possui a maior parte do corpo com coloração amarelada, medindo aproximadamente entre 6 a 7 cm. Apresenta como característica diagnóstica serrilha dorsal nos dois últimos segmentos. Ocorre em todos os estados do sudeste, na Bahia e Paraná. Seu veneno é extremamente tóxico, podendo levar o indivíduo picado à morte. São sintomas da picada: dor, suor, vômitos intensos, falta de ar, pulsação lenta e choque.
Tityus bahiensis possui coloração marrom-escuro, patas, pedipalpos, fêmures e tíbias com manchas escuras, medindo entre 6 a 7cm. A quelícera do macho é bastante dilatada. Ocorre em estados do Centro-oeste, sudeste e do Sul. O veneno é tóxico causando acidentes moderados com pouca gravidade. Como sintomas temos: dor intensa, suor, agitação, possíveis vômitos, taquicardia, hipertensão arterial. Costuma se alimentar de grilos, cupins, pequenas aranhas, cigarras e baratas.
São animais carnívoros, com a maioria de hábito noturno. Sentem as presas por vibrações no solo e no ar também através de sinais químicos que são detectados por pelos sensíveis distribuídos ao longo do corpo. Sua alimentação é baseada em insetos (principalmente baratas nos centros urbanos) e aranhas, contudo pode se alimentar de lagartos, pequenos roedores, pássaros e até mesmo outros escorpiões.
Os escorpiões além de usar seu veneno para imobilizar a presa, utilizam para fazer a pré-digestão dos órgãos internos e vísceras do animal. Em seguida utilizam suas quelíceras para dilacerar o seu alimento e regurgitam seus sucos gástricos para fazer a digestão externa. Logo após a comida é sugada na forma líquida.
Com o aumento do processo de urbanização (favelização) e a falta ou ineficiência dos serviços de coleta, armazenamento e disposição final dos resíduos sólidos, houve um aumento de insetos, como baratas, que é um dos principais alimentos dos escorpiões nos centros urbanos. Sendo assim, o manejo adequado do lixo doméstico, pode contribuir para que não apareçam baratas e desta forma reduzir ou evitar o aparecimento de escorpiões.
Literatura consultada
FIOCRUZ. 2019. Disponível em: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/escorpionideos.htm. Acesso em: 23 jan. 2019.
INEA. 2019. Disponível em: http://www.inea.rj.gov.br/Portal/Agendas/LicenciamentoAmbiental/Licenciamento-saiba-mais/Controledevetoresepragas/index.htm&lang=PT-BR. Acesso em: 22 jan. 2019.
SÃO PAULO. Secretaria de Meio Ambiente. 2013. Fauna Urbana vol 1. Cadernos de educação ambiental 17. Disponível em: http://arquivo.ambiente.sp.gov.br/cea/2013/11/caderno-educacao-ambiental-17-vol-1.pdf. Acesso em: 22. jan. 2019.