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As baratas são os insetos que mais causam injúrias aos seres humanos. Interessante notar que existem mais de 4.000 baratas no mundo, no entanto menos de 1% vivem em ambiente urbano associadas ao homem. A presença destas pragas é independente de classe social, ocorrendo desde simples casas em favelas até mansões de luxo. A diferença está no fato de que quanto mais sujo for o local, maior quantidade de baratas que aparecerão para se alimentar e se abrigar. No presente artigo apresentaremos as principais doenças e os vetores associados às baratas. As principais espécies urbanas que ocorrem no Brasil e sua características. Ao final respondemos a pergunta bastante intrigante e que todo mundo gostaria de saber: Baratas resistiriam a uma bomba atômica?
O perigo está no fato de que estas baratas servem de veículo para diversas doenças. Ao se esconderem esgotos, lixeiras e demais lugares acabam se contaminando com diversas bactérias, sendo as mais comuns as do gênero Salmonella, Streptococcus, Coliform, Bacillus e Clostridium, Escherichia coli causadora de diarréia e Shigella dysenteriae de disenteria, além de protozoários causadores de toxoplasmose.
São mais ativas a noite quando saem do abrigo em busca de recursos (alimento e água). É neste horário que procuram parceiros para o acasalamento, realizam oviposição e se dispersam.
Durante o dia ficam escondidas evitando o contato com pessoas e luz. Em casos extremos podemos ver a presença destas pragas de dia como é o caso de infestações, onde há um excesso populacional ou falta de alimento no abrigo.
Baratas vivem reunidas em grupos, ou seja, são insetos gregários. Não confundir com insetos eussociais (cupins, abelhas, formigas) que vivem em colônias organizadas onde cada casta tem uma função definida.
O controle integrado é a melhor medida para fazer a contenção destas pragas. Assim limitando-se os 4 As (abrigo, acesso, água, alimento) temos como evitar a presença e reprodução destes insetos. Sendo assim medidas de saneamento básico, gerenciamento de resíduos sólidos bem elaborados e executados são ferramentas para evitar a proliferação das baratas.Para a segurança de pessoas e animais a manipulação de produtos químicos desinfestantes com potencial tóxico deve ser realizada por um profissional qualificado e bem treinado. Em caso de acidentes com esses produtos um médico deverá ser consultado.
As principais espécies ocorrentes no Brasil, consideradas pragas urbanas são: Periplaneta americana, conhecida popularmente como “barata-de-esgoto” e a Blatella germanica chamada de “barata-francezinha ou alemãzinha”. Além destas duas Supella longipalpa (Barata-de-faixa-marrom) e um pouco mais rara Blatta orientalis ou “barata- oriental”. A seguir a descrição destas quatro espécies urbanas:
Originária da região oriental da África. Atualmente ocorrem no mundo todo sendo por tanto, de distribuição cosmopolita, a temperatura ideal para esta espécie é 30°C. O tamanho médio desta espécie varia entre 10–15 mm de compr.; habita principalmente domicílios (cozinhas e banheiros), mas que em noites quentes pode ir para o peridomicilio; comum também em comércios como restaurantes. É uma das praga mais importantes dentre as espécies baratas urbanas. O cuidado parental é um desses fatores do sucesso reprodutivo. A fêmea carrega a ooteca durante quase todo o período de incubação dos ovos. Os período de desenvolvimento são curtos em relação às outras espécies, sendo capaz de se tornar fértil em um menor espaço de tempo. A capacidade reprodutiva também é fator importante como uma postura de ovos de 120 a 320 por vez (4 a 8 ootecas, com 30 a 40 ovos cada ooteca). Outros fatores que fazem desta espécie ser a mais importante para o controle de praga é o fato de que pelo seu pequeno tamanho, ela é capaz de se esconder em locais inacessíveis à ação dos inseticidas, além disso pode adquirir resistência a determinado inseticida se tornando uma praga de difícil manejo.
Originária da região tropical da África; atualmente é encontrada no mundo todo, sendo por tanto cosmopolita. A temperatura ideal é 30-33°C. É bem maior do que as outras barata urbanas, atingindo de 28–44 mm de compr. Vive geralmente em ambiente peridomiciliar, mas durante o forrageamento pode entrar no domicilio, sendo muito comum em áreas de manipulação de alimentos (cozinhas) e rede de esgoto. Tem capacidade reprodutiva para colocar 420 a 480 ovos ( 30 ootecas, 14-16 ovos por ooteca).
Originária da África, atualmente ocorrem distribuída pelo mundo, sendo por tanto cosmopolita. Sua temperatura ideal é 26-30°C. O tamanho médio é de 13–14 mm de compr. Ocorre tanto em ambiente domiciliar (presente em todos os cômodos) como peridomiciliar. Sua capacidade reprodutiva é de 80 a 288 (5-18 ootecas, com 16 ovos em cada ooteca).
Originária da região norte da África, prefere clima temperado, sendo sua temperatura ideal, entre 20-25°C. Esta é a temperatura ideal mais baixa entre as espécies urbanas. Seu tamanho médio é de 25 mm de compr. Ocorre tanto em ambiente domiciliar quanto peridomiciliar; comum em porões, adegas, banheiros. tem o menor potencial reprodutivo das espécies urbanas.
Baratas são insetos incluídos na ordem Blattoidea e subordem Blattaria.
As baratas primitivas já existiam em nosso planeta a cerca de 320 milhões de anos atrás antes mesmos dos enormes dinossauros que surgiram na Terra a cerca de 235 milhões de anos atrás. Estudos demostram que estas baratas não mudaram muito desde seu surgimento até os dias atuais (Kellner 2016).
As baratas são animais muito resistentes. São sem dúvida mais resistentes que humanos e outros animais como aves, répteis, anfíbios e peixes. Podem vivem em vários ambientes até mesmo nos menos favoráveis, isso porque além do seu tamanho bem pequeno, as baratas tem a capacidade de se alimentar de matéria orgânica em decomposição. Há relatos de que uma barata pode viver sem cabeça por algumas semanas (Kellner 2016).
Apesar das baratas serem animais muito resistentes e sobreviverem a exposição à radiação de até 20 mil rads, não sobreviveriam a radiação da bomba de Hiroshima que chegou a 34 mil rads no seu epicentro (origem da explosão). Outros organismos poderiam sobreviver a esta radiação como é o caso da Mosca-das-frutas (64 mil rads), uma larva parasitóide, Habrobracon hebetor (180 mil rads) e a bactéria Deinococcus radiodurans (1,5 milhão de rads) que consegue sobreviver e até se reproduzir sobre lixo radioativo (Revista Super Interessante 2008).
Kellner, A. 2016. Uma barata de 299 milhões de anos. Disponível em : http://cienciahoje.org.br/coluna/uma-barata-de-299-milhoes-de-anos/. Acesso em: 12. mar. 2019.
Revista super interessante. 2008. Disponível em : https://super.abril.com.br/ciencia/e-verdade-que-so-as-baratas-sobreviveriam-a-um-desastre-nuclear/. Acesso em: 13.03.2019
Para saber mais sobre desinsetização de outras pragas acesse o link: https://www.sanitas.com.br/pragas/insetos-rasteiros